quinta-feira, 26 de junho de 2014

Pratinha no dente - Amálgama, o bom e velho e eficiente, amálgama



"Sou pré-histórica
poluente
perigosa
por favor, aposentem-me"

Pois é , estes versinhos poderiam falar do amálgama como material restaurador, mas falam de mim mesma, a dentista que usa amálgama.
Sei que os materiais estéticos estão bastante aperfeiçoados, não duvido de sua eficiência e qualidade, mas não há como negar que se não há domínio da técnica , nem cuidados por parte do paciente os insucessos são regra.
Então, em boquinhas de crianças que não escovam os dentes, tem alto consumo de açúcar e histórico anterior de cárie,  não arrisco,  uso amálgama na dentição permanente.
 Mais tarde, com os fatores controlados, que se troque a restauração por uma estética, se desejado, agora o que me interessa é preservar a estrutura dental.
Morro de pena quando pego restaurações de resina infiltradas, pequenas lesões na superfície e um grande estrago sob a restauração com grande comprometimento do elemento dental.
Selantes causam também estragos, removo selantes infiltrados que viraram cárie em bocas hígidas que dispensariam esta "proteção extra".
Daí volto a dizer que uso amálgama, mesmo ciente da falta de estética e dos possíveis envolvimentos com o mercúrio, que teoricamente seria inócuo por estar em liga, mas que talvez traga algum dano ambiental por sua manipulação, porque penso que para a necessidade é o material mais eficiente.
Se me considerarem perigosa, por favor, aposentem-me.

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