sábado, 25 de outubro de 2014

Dia do Dentista- 25 de outubro

Hoje é dia do dentista.


Aqui o porquê:

"Vicente C. F. Sabóia e Thomas Gomes dos santos Filho, criaram um texto dentro dos Estatutos das Faculdades de medicina do Império, denominado "Reforma Sabóia, apresentado em 25 de outubro de 1884, através do decreto nº.9311, onde constava pela primeira vez, que a Odontologia formaria um curso anexo. Portanto, as Faculdades de Medicina do Império, do Rio de Janeiro e de Salvador, ficaram compostas de um curso de ciências médicas e cirúrgicas e de três cursos anexos: o de Farmácia, o de Obstetrícia e Ginecologia e o de Odontologia. Neste dia sua Majestade, Imperador D. Pedro II, promulgou o Decreto Imperial, criando o Curso de Odontologia. 

Dia 25 de outubro, ficou sendo o "Dia do Cirurgião-Dentista Brasileiro". Os três primeiros mestres no Rio de Janeiro foram Thomas Gomes dos santos Filho, Aristides Benício de Sá e Antônio Gonçalves Pereira da Silva. "

Leia mais: http://www.acdbs.com.br/museu/historia-da-odontologia-nos-500-anos-brasil/


Parabéns, colegas que acreditam na importância de nossa profissão como uma profissão de saúde, que acreditam que "prevenir é melhor que remediar", que tem uma postura ética e honesta frente ao seu paciente e seu colega, que faz bem feito e busca a cura e a função agregando a estética.
São estes os princípios que norteiam nossa profissão.
Parabéns para nós, que assim somos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Semana da Amamentação




A primeira semana de agosto é dedicada mundialmente à amamentação.
Trabalho em escola, e este ano resolvi conversar com todos os professores, um papo rápido sobre os benefícios da amamentação para a saúde bucal. Conversei também com alunos das séries mais avançadas sobre isso e a surpresa foi geral - Afinal! O que que amamentação tem a ver com saúde bucal?
Bem, se vocês olharem a foto do bebezinho mamando aí em cima, vocês poderão ver como a boca se encaixa perfeitamente ao seio materno, fazendo com que o bebê use a via natural para respirar, que é a nasal.
Bebês que usam mamadeira não tem essa embocadura e respiram também pela boca, numa via mais fácil mas incorreta, causando a ingestão de ar (o que aumenta as cólicas)  e provocam uma deglutição atípica, entre outras coisas.
Na ordenha do seio, os movimentos do bebê deslocam o queixo para a frente num exercício que vai estimular o bom posicionamento da mandíbula.
No uso da mamadeira o movimento é de sucção, estimulando os músculos bucinadores que podem causar atresia maxilar, e não desenvolvem a movimentação da mandíbula.
Ossos crescem também por estímulo muscular, daí pode instalar-se a maloclusão.
Mordidas cruzadas, abertas, musculatura hipotônica, e por aí vai.
Dentes tortos acumulam mais resíduos correndo o risco de desenvolver mais cáries e problemas gengivais devido à dificuldade de higienização e possíveis disfunções mastigatórias.
Está aí  como a amamentação contribui para a saúde bucal.
Portanto, uma mãe que amamenta também está cuidando da saúde bucal de seu filho e um filho amamentado tem mais chances de ter uma boa saúde bucal e uma melhor estética facial, sem falar no benefício primordial da nutrição segura e da prevenção à infecções dada pelos anticorpos do leite materno.
Falei também sobre a importância do apoio familiar ao ato de amamentar, ajudando a mãe em suas tarefas cotidianas para que ela tenha a tranquilidade para , principalmente nos primeiros tempos, amamentar o bebê.
O bem estar da criança depende de um esforço familiar coletivo.
A amamentação passou por diversas fases históricas, desde a rejeição ao ato e o costume das amas de leite para famílias mais abastadas, ou mesmo a crença de que o leite artificial ( em pó) era mais adequado, ou que amamentar prejudica a forma física das mães.
Hoje a amamentação  sofre um resgate e um estímulo, e ter a sociedade à favor é também um facilitador.
Fiquei contente de poder falar sobre isso, assunto que despertou muito interesse, e tenho a certeza que todos ampliaram sua visão sobre a amamentação.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Pratinha no dente - Amálgama, o bom e velho e eficiente, amálgama



"Sou pré-histórica
poluente
perigosa
por favor, aposentem-me"

Pois é , estes versinhos poderiam falar do amálgama como material restaurador, mas falam de mim mesma, a dentista que usa amálgama.
Sei que os materiais estéticos estão bastante aperfeiçoados, não duvido de sua eficiência e qualidade, mas não há como negar que se não há domínio da técnica , nem cuidados por parte do paciente os insucessos são regra.
Então, em boquinhas de crianças que não escovam os dentes, tem alto consumo de açúcar e histórico anterior de cárie,  não arrisco,  uso amálgama na dentição permanente.
 Mais tarde, com os fatores controlados, que se troque a restauração por uma estética, se desejado, agora o que me interessa é preservar a estrutura dental.
Morro de pena quando pego restaurações de resina infiltradas, pequenas lesões na superfície e um grande estrago sob a restauração com grande comprometimento do elemento dental.
Selantes causam também estragos, removo selantes infiltrados que viraram cárie em bocas hígidas que dispensariam esta "proteção extra".
Daí volto a dizer que uso amálgama, mesmo ciente da falta de estética e dos possíveis envolvimentos com o mercúrio, que teoricamente seria inócuo por estar em liga, mas que talvez traga algum dano ambiental por sua manipulação, porque penso que para a necessidade é o material mais eficiente.
Se me considerarem perigosa, por favor, aposentem-me.

Boa campanha.

Por aqui, nas terras tupiniquins, onde há fartura de recursos naturais e temperaturas altas, a água é usada e abusada em todos os sentidos.
Jogar água na rua ou na calçada ou mesmo lavar, onde um pano basta é de nossa cultura.
O mesmo acontece com a torneira aberta ao escovar os dentes.
Numa viagem ao exterior, já faz um bom tempo, percebi o cuidado que se tinha em Paris com o consumo de água. Avisos nos banheiros alertavam que  a água de um copo era suficiente para enxaguar a boca após escovar os dentes. Eu diria até, mais que suficiente.
Apliquei o aprendido aqui, nas minhas atividades coletivas de educação em saúde e escovação supervisionada e o copo fez sucesso com as crianças, como uma novidade.
Hoje, estimulados pelas campanhas pró economia de água, e lembrados por quem vai conduzir a atividade, os alunos já tomam a iniciativa de fechar a torneira enquanto escovam os dentes durante a atividade coletiva.
Assim, de gota em gota, vamos repensando hábitos em prol do futuro.

Abaixo, uma boa campanha sobre a água.

sábado, 11 de janeiro de 2014

A percepção humana na profissão




Acabo de receber o jornal do Crosp, dez 2013, onde, numa matéria sobre ética, vejo uma citação importante que quero aqui ressaltar.
"Hoje em dia, não bata ao cirurgião-dentista investir no aprimoramento profissional e na aquisição de equipamentos de última geração. O paciente tem exigido dos profissionais um tratamento mais humanizado. Ele deseja sentir-se valorizado e, sobretudo, respeitrado. Neste sentido suas expectativas, anseios, necessidades e cobranças aumentam consideravelmente, obrigando o CD a se adequar na forma com que presta o seu serviço , priorizando o diálogo.
Normalmente, um paciente lhe procura com um problema a ser resolvido, já em situação de dor, vergonha , medo , ansiedade, estresse e fragilidade, inclusive psicológica. Qualquer ação ou descuido pode ser motivador para uma denúncia ou um processo ético e judicial."
Baseado neste texto afirmo que é preciso que o CD enriqueça sua formação pessoal para melhor desempenho de sua profissão.
A literatura é caminho certo para o melhor conhecimento do humano, a arte aprimora o senso estético e junto com a música desenvolve a percepção emocional.
O ganho é particular mas reflete-se naqueles de convívio próximo e profissional.
Experimente!

Aqui um pouquinho de experimentação científica:

http://www.sciencemag.org/content/342/6156/377.abstract
Saiu na revista "Ser Médico " e eu fui atrás.
Segundo a pesquisa, ler ficção literária de qualidade e envolver-se com obras de arte aumenta a compreensão dos estados mentais do outro e das complexas relações sociais que caracterizam as sociedades humanas, habilidade conhecida como Teoria da Mente (ToM). Leitura de não ficção e ficção popular não tiveram o mesmo desempenho.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mais sobre o flúor

Artigo de revista de pediatria.



Prevenindo cáries dentárias em crianças com menos de cinco anos: revisão sistemática e atualização das recomendações do USPSTF


4 de novembro de 2013.

Chou R, Cantor A, Zakher B, Mitchell JP, Pappas M

Contexto e Objetivo: Intervenções de rastreamento e prevenção por provedores de atenção primária melhoram os resultados relacionados às cáries na infância precoce. O objetivo desse estudo foi atualizar a revisão sistemática de 2004 do US Preventive Services Task Force sobre a prevenção de cáries em crianças com menos de cinco anos.

Métodos: Pesquisando os bancos de dados Medline e Cochrane Library (até março de 2013), nós incluímos estudos clínicos e estudos controlados observacionais sobre a efetividade e os malefícios do rastreamento e tratamento. Um autor extraiu as características dos estudos e os resultados, os quais foram avaliados quanto à acurácia por um segundo autor. Dois autores independentes avaliaram a qualidade dos estudos.

Resultados: Nenhum estudo avaliou os efeitos do rastreamento por profissionais da atenção primária nos desfechos clínicos. Um estudo de coorte de boa qualidade encontrou que o exame pediátrico está associado a uma sensibilidade de 0,76 para a identificação de crianças com cavitações. Nenhum estudo recente avaliou a suplementação com flúor por via oral. Três novos estudos aleatorizados foram consistentes com os estudos anteriores ao observar que o polimento com flúor é mais efetivo que o não polimento (redução no incremento de cáries 18% a 59%). Três estudos de xilitol foram inconclusivos a respeito dos efeitos nas cáries. Novos estudos observacionais foram consistentes com as evidências prévias mostrando associação entre o uso precoce de flúor na infância e fluorose do esmalte. Evidências sobre a acurácia dos instrumentos de predição de risco na atenção primária não estão disponíveis.

Conclusões: Não existem evidências diretas de que o rastreamento por profissionais da atenção primária reduza as cáries na infância precoce. Evidências previamente revisadas pelo US Preventive Services Task Force mostraram que a suplementação oral com fluoreto é efetiva na redução de incidência de cáries e novas evidências dão suporte à efetividade do polimento com flúor em crianças de alto risco.
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